5 de novembro de 2012

You can run away with me anytime you want.



SUMMERTIME- MY CHEMICAL ROMANCE
Quando as luzes se apagarem / Você me levará com você? E carregará todos esses ossos quebrados / Através de seis anos abaixo em salas lotadas / E rodovias eu chamo de casa / É algo eu não posso conhecer agora / Até que você me tire do chão / Com tijolo em mãos, seu sorriso de brilho labial / Seus joelhos arranhados.
E se você ficasse, eu esperaria a noite inteira / Ou até meu coração explodir / Quanto tempo? / Até encontrarmos nosso caminho na escuridão e fora de perigo / Você pode fugir comigo / A hora que você quiser.

Aterrorizado com o que eu seria / Como uma criança do que eu tinha visto / Todos os dias quando pessoas tentam / E colocam as peças novamente juntas / Apenas para estraçalha-las / Ligo meus fones realmente alto / Eu não acho que preciso deles agora / Porque você parou todo o barulho.
E se você ficasse, eu esperaria a noite inteira / Ou até meu coração explodir / Quanto tempo? / Até encontrarmos nosso caminho na escuridão e fora de perigo / Você pode fugir comigo / A hora que você quiser.
Não vá embora... Não vá embora... Não vá embora... Não vá embora!
Porque se você ficasse, eu esperaria a noite inteira / Mas não até meu coração explodir / Quanto tempo? / Até encontrarmos nosso caminho na escuridão e fora de perigo / Você pode fugir comigo / Você pode escrever isso no seu braço / Você pode fugir comigo / A hora que você quiser.

Cá entre nós, já estava na hora de um post menos depressivo (risos).
Eu ouço essa música desde quando o CD deles lançou dia 22/11/2010. Até descobri o porque do "you can run away with me / you can write it on your arm / you can run away with me / anytime you want". 
Toda vez que eu ouvia Summertime e The Only Hope For Me Is You eu ficava me sentindo uma forever alone (vide a letra das músicas, só clicar no nome das músicas que tem o link direto). Mas não é disso que quero falar hoje.

Nunca achei que a frase "Turn my headphones up real loud / I don't think I need them now / 'cause you stopped the noise" (Ligo meus fones realmente alto / eu não acho que preciso deles agora / porque você parou todo o barulho.) faria algum sentido pra mim algum dia, porque quem parava o barulho da minha cabeça era a própria música, era ela que calava os fantasmas da minha mente e não uma pessoa.
Há um pouco mais de dois meses conheci um cara, não foi a primeira vez que vi ele (eu já sabia quem ele era, eu conheço o irmão dele há uns anos), e a gente começou a se falar. Primeiro vendemos pastel numa quarta-feira e depois trabalhamos com os outros jovens na quermesse num fim de semana de setembro. Bom, talvez isso não seja importante pra quem está lendo, mas acho que nada nesse blog é importante pra alguém que não seja eu. Comecei a sair com esse garoto. 
Depois de um tempo que a gente começou a sair eu percebi que ele me fazia bem, ele me faz bem. Quando eu estou com ele eu esqueço meus problemas, eu esqueço meus medos. Acho que eu finalmente entendi que alguém pode calar meus pensamentos, e acho que não preciso mais dos meus fones, ao menos não quando estou com ele. Eu gosto disso. Must be love.

Hey, Rubens, you can run away with me anytime you want.

26 de junho de 2012

Por que você é assim?

Adoro ouvir essa pergunta (ironia).
Deixa eu finalmente contar porque eu sou assim.
Em 2010, quando eu morava em Mogi das Cruzes, eu me apaixonei por um garoto (quem acompanhou o blog sabe), nós namoramos por uns 2 meses, quase três. Então, um dia, uma coisa aconteceu, e eu não estou nem um pouco afim de contar o que foi, eu liguei pra ele e marcamos de nos ver. Era uma terça-feira, fria pra caralho, fomos à praça perto do Habib's, ele disse que devido ao que aconteceu (que aconteceu antes de começarmos a namorar) ele não conseguia olhar na minha cara, ele tinha vergonha. Papo vai, papo vem, lágrimas se vão e ele pede um tempo, vê que eu começo a chorar e diz que é só um tempo, que ele não ia terminar comigo, que ele ia voltar dali dois dias, na quinta feira pra gente conversar outra vez. Passaram-se esses dois dias, passaram-se duas semanas e passaram-se dois meses. Durante esse tempo todo ele ignorou minhas ligações, meus sms, meus recados no twitter, facebook e afins. Até que encontrei ele na rua, no dia 16 de agosto, fui atrás dele e disse que tínhamos algo pendente. Ele terminou comigo. Não deu por quês. Simples assim.
Sofri por meses.
Em 2011 minha prima me chamou para ir ao show do 30 Seconds To Mars com ela. Lá eu conheci o garoto que viria a ser meu futuro namorado. Quando o show acabou eu pedi o e-mail dele. Dias depois do show eu adicionei ele no msn e começamos a conversar. Ele confirmou o que eu já sabia, ele tinha uma namorada (há 1 ano e 1 mês). Ele começou a dar em cima de mim. Eu correspondi. Ele disse que tinha terminado com ela e eu acreditei. Dias depois descobri por um amigo dele que ele ainda estava namorando. Ele disse que não teve coragem de terminar com ela. Uns dias se passaram e ele realmente terminou com ela. Um sábado ele veio pra Jundiaí, passou o dia aqui e um tempo antes de ir embora ele me pediu em namoro, e a tonta aqui aceitou. Durante o namoro ele começou a implicar com minha amizade com a minha "marida" e disse que eu amava ela e não ele, que se o namoro acabasse eu já ia ter uma reserva. Isso me irritava mas eu ignorava. Último sábado que ele passou aqui em Jundiaí ele me deu tchau e não respondeu minhas mensagens até a segunda de manhã. Uma amiga dele começou a dizer que eu era lésbica coisa e tal. Eu disse isso ao André e ele deu razão a garota. Na noite dessa segunda-feira, dia 16 de maio, ele me mandou um sms dizendo para eu olhar meu e-mail, eu fui ver, tinha um e-mail dele com um arquivo zipado em anexo. Ele zipou uma carta no word. E ele terminou comigo assim. Antes fosse só isso. Ele começou a dizer que iria se matar, começou a dizer que eu não o amava porque eu não corria atrás dele. Então fiz meu pai me levar à Freguesia do Ó pra eu falar com ele, que evitou o assunto do namoro até a hora de eu ir embora. Ele não teve coragem de olhar na minha cara e dizer que estava tudo acabado, ele não teve coragem de dizer NÃO. Ele apenas balançava a cabeça. Ele terminou comigo sem nenhuma explicação, apenas alegando que eu seria mais feliz com minha "marida". Na semana seguinte eu descobri que ele tinha voltado com a ex dele e ao passar dos meses ele continuou a dar em cima de mim e descobri que ele também dava em cima de uma garota de Manaus ou algo do tipo. Foi aí que o encanto acabou. 
Sofri mais um pouco.
Em 2012 eu comecei a reparar num garoto da igreja. Eu já o conhecia há um bom tempo, frequentávamos a mesma igreja quando eramos criança (e ainda frequentamos). Adicionei ele no facebook, começamos a conversar, mas eu já sabia que não tinha chance nenhuma com ele, ou ao menos enfiei isso na minha cabeça, para não me frustrar. Mas então fomos ao shopping numa sexta-feira com uns amigos dele, assistimos um filme e rolou. Poderia ter ficado só nisso, mas ai comecei a sonhar com ele, e bom, meus sonhos conseguem ser bem convincentes. Na quarta-feira seguinte ele me chamou no chat do facebook e me disse que só conseguia me ver como amiga, por mais que ele tentasse. Pra falar a verdade, não sei se foi bom ou não ele ter falado aquilo pelo chat e não pessoalmente, em todo caso eu me senti horrível mas nem tanto. Olhando pros últimos relacionamentos que eu tive, ele foi o único que teve coragem de dizer que não ia rolar. Doeu? Sim, doeu, mas foi melhor do que ficar por dois meses imaginando o que aconteceria ou do que ser enganada. Ok, ainda sonho com ele as vezes e me odeio por isso, mas isso é uma coisa que eu não posso controlar.
Não sei se acredito que relacionamentos possam dar certo, ou se quero me envolver em um tão cedo. Eles machucam demais.
Acho que agora vocês podem entender um pouco porque que eu sou assim.

Para os curiosos, a carta do infeliz está aqui.

21 de junho de 2012

“What's that thing you think I'm afraid of? Fear of rejection?”

É horrível. Sabe quando você se apega uma pessoa e tem medo de que ela se canse de você assim como todos os outros se cansaram?
As vezes eu queria ser o tal garoto que nunca (The Boy Who Never) do Landon Pigg, mas eu me apego fácil demais, rápido demais às pessoas que eu gosto, e eu acabo construindo relacionamentos que tendem a desaparecer em segundos.
É como o Tate Langdon disse...
...mas do que adianta encontrar esse "lugar melhor" sozinha?
Meus medos são idiotas e me perseguem. Eu não posso viver não querendo me apaixonar por medo de sofrer. Mas não é só o medo de sofrer que não deixa eu me apaixonar, é o medo de ser rejeitada, como das últimas vezes, chega uma hora que você acostuma a ser rejeitada, mas ainda sim dói. Existe o medo da rejeição, de continuar não me encaixando em lugar algum e de continuar a não ser amada. Não que eu não seja amada, talvez eu até seja, mas eu não sinto isso. Talvez seja bobagem minha, sei lá. Ninguém são se apaixonaria por mim, não me conhecendo de verdade.
O que eu mais ouço é "você é bonita e legal, vai encontrar alguém", tá, eu sei que sou bonita, mas de ser legal eu passo longe de ser, e todos que encontrei até hoje me abandonaram, deve ser por isso, porque eles só vêem a beleza e quando encontram alguém melhor, desistem de mim.


Detalhe inútil: se você clicar na foto, ela fica maior e não-pixelizada.

E ao pensar que já faz um ano




Ontem ia postar sobre isso, mas não achei palavras para dizer o quanto Ryan Dunn faz falta. Não que eu tenha achado palavras para dizer isso.
Um ano sem nossa Prima Dunna. É muito estranho pensar nisso.

"Keep them laughing for eternity.
We miss your smiling face."


11 de abril de 2012

Bullshit, I mean, love.

Queria ter a chance de me apaixonar por alguém que me ame de volta. Também queria poder esquecer e apagar toda minha desastrosa vida amorosa e começar do zero, sem lembranças, sem dores e sem saudades de quem nunca vou poder ter.
Sei que os "pés-na-bunda" servem para nos fazer crescer, mas podiam doer menos, ou as cicatrizes que eles deixam podiam se curar mais rápido e definitivamente, sem correrem o risco de se abrirem, sangrarem e te deixarem de quatro pela pessoa que já não deve querer mais nada contigo.
É incrível, quem não posso ter, logo se torna o que eu mais quero, gosto de desafios, o que não tenho me atrai, e antes isso me animava, o joguinho de seduzir e correr atrás, mas hoje ando com medo e acabo me deprimindo porque isso faz com que eu não tenha mais vontade de fazer nada, cansei de sofrer mas acabo sofrendo mais ainda porque o medo não me deixa correr atrás. Medo de levar outro "chute" ou ouvir que a pessoa só me vê como amiga, medo de sofrer, de ser deixada de lado, de ser esquecida e, principalmente, de não ser amada de volta.
Tudo que aconteceu nos dois últimos anos (em especial o último ano) me deixou assim e eu só me pergunto quando isso tudo vai passar, cansei de viver assim.

"Don't find love, let love find you. That's why is called falling in love, 'cause you don't force yourself to fall."

1 de março de 2012

A Daydream Away



É como diz numa música "and I'll keep you a daydream away, just watch from a safe place, so I never have to lose".  
Pode soar meio bobo, mas é assim que faço, ao menos em meus devaneios tenho a pessoa que eu gosto, e sei que neles não irei perdê-lo e sei que lá ele me ama de volta. Ao mesmo tempo que isso é um mecanismo de defesa, é uma péssima mania, pois assim eu acabo não superando o "amor não correspondido", mas é melhor fazer assim do que toda noite sonhar com ele sem querer fazer isso, eu sinceramente ODEIO meus sonhos, as vezes eles são tão reais que acabam estragando um dia inteiro, mas não porque ele foi ruim, mas sim porque foi bom demais e foi só um sonho "you are a shining example of why I don't sleep at all, too many sheep on the brain".
Já fazia um bom tempo que não ficava presa nos meus devaneios, mas as vezes é tão bom, só que antes, nos meus devaneios, quem estava presente eram os integrantes das minhas bandas favoritas, pois era um jeito de "estar perto deles" e agora to fazendo mesmo só que com uma pessoa que vejo todo sábado, e isso não é legal.
Eu devia aceitar que não vai rolar nada, é só amizade e nada mais. Podia ser mais fácil de fazer isso entrar na minha cabeça, mas como sempre digo, vou sobreviver.


"Don't be so sentimental, no, this is love is accidental, so give it up, this was never meant to be more than a memory for you."

21 de fevereiro de 2012

One million years and I will say your name


Um mês do show do Black Veil Brides.
Um mês de um dos melhores dias da minha vida.
Um mês e ainda não acredito que eu estava naquele show, na grade, a menos de dois metros de poder encostar neles.
Um mês do dia que gritei meus pulmões pra fora e que fui espremida.
Um mês que o Andy e Jinxx sorriram pra mim e que o Ashley me deu uma piscadela.
Um mês que pedi pro segurança me dar um presentinho do palco e ele me deu o Ashleyzinho.
Tudo isso ainda parece surreal para mim, é como se fosse tudo um sonho perfeito demais, um sonho quase real. E foi real, e eu estava lá.
E o mais importante de tudo: ninguém vai transformar as lembranças desse show em algo triste, em algo ruim.
Quem diria que já faz um mês de algo que parece que aconteceu ontem.

"I love you more than I can ever scream."

14 de fevereiro de 2012

Welcome to my life



Acho que essa é a música da minha vida, ela diz tudo o que eu sinto, por mais infeliz que isso seja, e, pode ter certeza de que não me orgulho disso.
Cada vez que me recomponho, algo acontece e volto a me sentir despedaçada. De uns tempos pra cá tenho me sentindo como se não pertencesse a esse lugar e sinto vontade de fugir, voltar para o "meu lugar". 
O quanto eu já ouvi de pessoas dizendo que entendem o que eu estou sentindo sendo que nunca sentiram nada parecido com isso, e o mais incrível é que as pessoas que me dizem isso são as que tem tudo de mão beijada, não precisam lutar por nada do que querem, é só pedir que o papai dá pra elas.
Ultimamente ando me sentindo no ponto que vou explodir, sinto que cheguei no limite e que não vou aguentar mais coisa ruim acontecendo e só preciso de um abraço, mas nem isso eu tenho porque os que eu chamava de amigos mentiram na cara dura (entre outras coisas) e me deixaram quando eu mais precisava de alguém pra me ajudar.
Talvez tenha sido esse o motivo de eu mudar o nome do blog para Rette Mich, porque quero que alguém me salve de mim mesma, que alguém me tire desse buraco que eu estou me enfiando antes que seja tarde demais, antes que eu esteja tão fundo que não de mais para sair dali.

No you don't know what it's like... Welcome to my life.

13 de fevereiro de 2012

Um amigo pra chamar de meu

Odeio me sentir mal desse jeito, odeio ser deixada de lado, odeio não ter ninguém pra me abraçar e falar que tudo vai acabar bem.
Não sei se vocês conhecem a sensação de vazio dentro do peito, mas é o que eu to sentindo agora, me sinto excluída, descartável, abandonada, mal amada... 
Só queria ter um amigo de verdade, sabe? Aquele que fica do seu lado pra tudo, nos momentos bons e ruins, mas pena que esse tipo de amigo está em falta no mercado, aliás, acho que, de uns tempos pra cá, os mercados começaram a importar amigos do Paraguaí...
Ainda que eu só to pedindo um amigo, não um amor, um homem pra casar nem nada. Eu quero um amigo pra chamar de meu, um amigo que não se importe com minhas crises existenciais, um amigo que deixe eu me importar com ele e brigar com todas as vadias que o magoarem. 
Sinto falta disso. Sinto falta de um amigo.

1 de fevereiro de 2012

Oh, o (maldito) amor


As vezes me pergunto como as pessoas conseguem se apaixonar e serem correspondidas. Já me apaixonei algumas vezes, tive três namorados, mas apenas um pareceu me amar por mais de duas semanas, na verdade nosso amor durou três meses, e levei oito meses para conseguir superar ele.
A regra é simples, você se apaixona, o outro não e ai você quebra a cara, ou no caso, o coração.
Já faz um tempo que comecei a guardar o que eu sinto para mim, parei de criar expectativas antes de saber se a pessoa gosta de mim.
Não se procura o amor, ele que nos acha. E espero que um dia me ache mesmo, porque cansei de procurá-lo por ai.

Lose Control



O ciúme é uma droga obtida através do amor, e ambos causam estragos.

Eu amava minha namorada, mas esse amor virou algo doentio e percebi isso tarde demais. Agora o corpo dela perde todo seu calor, toda a energia que havia no sorriso que ela nunca mais dará.
Há meia hora descobri que ela estava saindo com outro. Hoje era o dia que eu ia pedir para ela ser minha para sempre e se casar comigo.
Ela estava na minha cozinha, havia uma faca na bancada e o ciúme havia me cegado, eu não tinha mais o controle do meu corpo. Num instante eu estava parado na porta a observando e no outro eu estava a ameaçando com uma faca.
– Você era minha Julieta – eu gritava – então vai morrer como tal “Abençoado punhal, eis a sua bainha, aí crie ferrugem e a deixe morrer”.
Foi nesse momento que a esfaqueei. Senti o calor seu sangue em minhas mãos, me eletrizando, enquanto ela sussurrava que me amava apesar disso, que íamos nos encontrar novamente, ela ficou vários minutos agonizando, engasgando, respirando rápido, me encarando com uma mistura de compaixão e choque no olhar e por fim sussurrou:
– Eu te amo, meu Romeu.
E então morreu, em meus braços. Vejo seu sangue escorrendo pelo rejunte dos ladrilhos da minha cozinha, sinto seu corpo perdendo o calor. Me sinto o Romeu deitado no tumulo de Julieta, só que minha Julieta esta morta, só que eu a matei e não me arrependo.



Aee, outra história minha.

Russian Roulette



- Vamos cara, nada vai te acontecer, puxe o gatilho. Tem apenas uma bala no tambor. É uma chance em seis de ela estourar seus miolos. Deixa de ser frouxo.
- Eu não quero – respondi rápido demais para quem queria viver.

- Vamos. Olhe – o garoto ruivo colocou a arma em sua têmpora e puxou o gatilho – ainda estou vivo.
- Sua vez – disse o loiro – pegue.
Peguei a arma, abri o tambor, o fiz girar e o fechei. Era tudo ou nada. Era vida ou morte, e, eu não tinha certeza se queria correr o risco, ao mesmo tempo em que não sabia se queria continuar vivendo. Coloquei a arma na minha cabeça, eu sentia seu cano gelado em minha têmpora. A dúvida cedeu a pressão, então puxei o gatilho. Meu coração acelerou. Eu ainda estava vivo.
- Viu nada lhe aconteceu – o ruivo tirou a arma da minha mão e a entregou para o loiro – sua vez.
O loiro fez o mesmo que eu, embora não tenha tido a mesma sorte. Ao fechar o tambor e puxar o gatilho, a bala foi atraída para sua cabeça. Talvez ela tenha cansado de viver naquela arma gelada e tenha preferido se alojar na cabeça daquele menino loiro, que agora estava estirado no chão, sua pele branca ficando ainda mais pálida e seu cabelo, antes loiro, se manchando de vermelho.



Sim, a história é minha, sim, sou perturbada e sim, faz tempo que não posto aqui, espero que tenham gostado.